segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Amores lunares

quando me apaixonei
pela lua
vi que cada amor
era novo


e, feito de fases,
ora crescia,
ora minguava,


mas sempre cheio
de cores


e histórias para contar.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Tempestade emocional

Vira de um lado para o outro. Sua frio. A ira expressa no sonho. A raiva consciente despejada no inconsciente. Pesadelo.

Despertador. Susto. "Bom dia senhor, é hora do café".

Sono, o real sinônimo de mau humor. Bom dia pra quem? Café. Alívio. Recupera-se do sonho. Bom dia, dia.

O sol nasce, com ele a calma é retomada. Modo automático: ativado. Rotina. O mesmo emprego, a mesma gravata apertada, o mesmo aperto no peito. Hábito. O velho bom humor aparente, estampado no sorriso amarelo manchado de cigarro.

Fim de tarde. "Sim, eu vou no happy hoje". "É, eu sei que eu sempre falto, mas hoje eu vou". Um ano longe e nada mudou... Os mesmos papos, as mesmas piadas, a mesma cerveja preferida. "É Zé, eu vi que meu time perdeu ontem". Risos. Cerveja, o cérebro congela. Por-do-sol, o coração congela. Adeus.

A melhor hora do dia, como já diria Brás Cubas: tirar os sapatos apertados. Liberdade. Os dedos tão libertos quanto a garganta, já sem gravata. Desliga a mente, desfaz o nó do peito. Felicidade instantânea.

Anoitece.

Outro dia cansativo debruçado sobre a cama desarrumada. Os olhos fecham. Silêncio. O tempo fecha. A mente relampeja. Lá vem ele, correndo, sem piedade. O vento forte bagunça os pensamentos. Terror noturno. Tempestade... emocional.

Vira de um lado para o outro...


OBS: A música que eu origem ao título e vida ao texto.