domingo, 31 de março de 2013

Opção frieza

Acorda de manhã, abre a janela e sente o frio. Olha para fora: calor. De onde vem toda essa frieza? De si mesmo.

Uma opção. Uma decisão. Ela fecha os olhos e é transportada para o passado. Por que eu me tornei assim? Logo se lembra... Talvez não fosse - é verdade - a melhor solução, mas funcionava. Funcionava bloquear os sentimentos, afastar as pessoas. Funcionava superar vontades e esquecer desejos. Funcionava fechar-se.

Socialmente, ainda era a mesma, os mesmos amigos, os mesmos vínculos. Ainda era amável, mas, sentimentalmente, já não amava mais. Na luta entre razão e emoção, descobriu-se que amar não é suficiente se não houver um conjunto de conspirações que realize o amor. Entre querer e poder existe um abismo, até em amores correspondidos. Vitória da razão.

Trancou a porta. Jogou a chave fora. Tinha a esperança de um dia alguém destrancar, descongelar as emoções guardadas... Descobriu que talvez fosse mais fácil continuar assim.

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